Quem é Ana Flávia?
O que falar sobre mim? Sobre Ana Flávia… não se enganem, as vezes pareço tímida mas sou uma menina muito tagarela, ama cantar mas tem uma voz horrível, que acreditava em sereias, agora leitora oficial de livros sobre pedras e cristais, aspirante à cozinheira e como uma boa “quarentener”, acabei me tornando ciclista amadora. A verdade é que sempre fui uma menina muito sonhadora que desafiou todos os seus limites para desbravar o que eu chamava de “mundo”, na minha percepção. Acredito que minhas maiores fantasias vieram de minha mãe, Juliana. Professora de redação que me fez apaixonar por contar e criar diversas histórias, e escrever sobre a minha em poucas palavras é um desafio. Eu sou uma pessoa que gosta de conversar, e como! Afinal não é esta a fama de um bom mineiro? Nasci e fui criada em uma cidade no interior chamada Monte Santo de Minas, uma realidade totalmente paralela do que é vivenciado na cidade grande.
Mas Ana Flávia queria voar, queria crescer, e é sobre este “mundo” que eu queria desbravar que tenho umas de minhas maiores conquistas, formar em uma faculdade de qualidade e poder aprender e crescer com os desafios de morar sozinha aos 17 anos, em uma cidade completamente diferente e longe da família. E foi em Campinas que eu me transformei de menina para mulher. Pode parecer algo incomum e vazio para alguns, mas só tinha ido para cidades maiores quando mais nova, uma vez no ano em que meu avô levava os netos para Ribeirão Preto e era a maior conquista poder comer um McDonald’s, algo muito comum para várias pessoas. Tudo era novo, todas as pequenas coisas eram um desafio diário, mas sempre apreciei com muita leveza minhas “aventuras”, já fui capaz de sair correndo atrás do ônibus circular achando que tinha que devolver o cartãozinho, fui embora rindo sozinha! Um dos meus maiores sonhos é formar uma família, e são estas histórias que me imagino contando para meus netos, toda a minha caminhada e maneira de viver.
Mas nem tudo são flores, muitas vezes já deixei de acreditar em mim mesma, às vezes a vida nos oferece uns “nãos” e nem sempre estamos preparados para entender que eles também são necessários. Ano passado nossa turma da faculdade estava em busca de estágio, não me inscrevi em muitos pois queria participar apenas das empresas que me identificasse, e, apesar de chegar na fase final de algumas, me deixava ser tomada pela ansiedade e não conseguia avançar, não conseguia demonstrar minhas qualidades e acabava me desanimando. Me inscrevi no processo da Natura por uma propaganda que apareceu em algum site, era a maior empresa que eu tinha me candidatado e sendo sincera, foi de pura curiosidade pois nunca imaginei que chegaria tão longe. A maneira que conduziram o processo foi incrível, me senti super à vontade, pois eles queriam me conhecer antes de conhecer minhas competências, e aí a contratação veio. Minha gestora costumava dizer que eu era uma sábia de 40 anos em um corpo de 20, pela maneira que levo a vida, em que, apesar do meu jeito espontâneo e brincalhão, sempre deixava uma reflexão nas minhas falas sobre a vida, que ela dizia a fazer pensar por dias. Mas eu tenho certeza que foram eles que me deixaram mais reflexiva ainda, nunca tinha tido a oportunidade de conviver com quem fazia tudo acontecer, e acabei me tornando estagiária no RH atuando como Business Partner e convivia muito com todo o chão de fábrica, e me espantava em como eles amavam estar ali, mesmo tendo que fazer tarefas com movimentos repetitivos por horas.
E é isto que me faz ter a minha visão do meu mundo profissional ideal, em que eu possa trabalhar em uma empresa na qual me identifico com a cultura e com os ideais, e poder de me dedicar de alguma forma em que, eu posso não só aprender, mas também deixar um pouco da minha marca, desenvolvendo o tal do “sentimento de dono”. A frase que mais me chamou atenção na descrição do programa de trainee na Suzano foi “Não comece uma carreira aqui. Comece uma história!”, e nossas histórias recomeçam diversas vezes, em cada pequeno “novo” que vivemos dia a dia. A nossa história está no bom dia para o porteiro; está no “obrigado”; está nos nossos erros, a nossa história é a gente quem constrói, nas nossas ações de todo dia. Me inscrevi para o Programa de Trainee da Suzano por acreditar que terei diversos caminhos a percorrer, conhecendo e vivenciando um pouco de novas áreas, conhecendo novos processos em que posso aprender mais convivendo com pessoas com visões talvez diferentes das minhas e do que já pude vivenciar em um ambiente de trabalho. Me identifiquei com a empresa pelos seus ideais, cresci em um meio no qual as atividades de fonte de renda da população estão ligadas ao plantio, ao cultivo da terra, e entendo a importância dos recursos naturais na vida de muita gente, não só para o comércio, mas também para a própria sobrevivência.
Espero ter conseguido transmitir um pouco de mim para vocês nesta carta!